
Supervibe aposta em letras em português em seu psicodélico segundo EP, “Autóctone”
25 de setembro de 2017João Ramalho (vocal e guitarra) e eu (bateria) nos conhecemos na faculdade, tínhamos e temos muita afinidade nas bandas. Na época, em 2013 éramos um duo, bem garage rock. Só em 2015, que decidimos reformular tudo, nome, som, idealizamos outra banda, e com essa nova proposta veio a necessidade de colocarmos um baixo porque nos show improvisamos bastante, rola jams, daí com o Deivison (baixo) conseguimos alcançar o que almejávamos.
– De onde surgiu o nome Supervibe?
Pense numa coisa que somos péssimos pra criar: nome de banda (o outro era pior (risos)). Gostávamos muito de um pedal de efeito de chorus na Marshall, o nome era Supervibe, foi daí que veio o nome,
A banda em comum de nós três é o Jimi Hendrix Experience. João gosta bastante de bandas grunge, o Deivison tem um pé no pop Bruno Mars, Skrillex e tals, e eu gosto de banda esquisita (risos), mas posso citar Warpaint, The Smiths e The Doors.
Nosso maior meio de fazermos as canções são por meio de jams, depois pensamos nas melodias vocais e letras.
– Me falem um pouco mais sobre o material que já lançaram.
O “Clarão”, nosso primeiro EP, saiu um pouco diferente do que somos hoje, tem muito mais efeito, algumas letras em inglês e tals. Eles nos abriu muitas portas, tocamos duas vezes no PicNik, no Groselha ao lado de Carne Doce e Black Drawing Chalks. O ‘Clarão” nos mostrou pro DF. Este ano lançamos o “Autóctone”, com cinco faixas e todas as letras em português.
Cara, o Youtube tá aí pra provar que é a nova videoteca do planeta. Pras bandas é ainda mais importante, se você é do Norte e quer ouvir um som do Sul, é por meio do Youtube que vai conhecer a banda, a estética, o visu e tudo. Investir no Youtube é primordial!
Anda linda! Na época do Legião, Aborto Elétrico, Capital e todas as outras, a gente via as bandas seguiram um mesmo caminho sonoro. Hoje aqui é BSB e no DF em geral é diferente, tem banda de tudo quando jeito! Tem experimental, instrumental, neo-psicodélico ao psicodélico 70, folk, indie, shoegaze. Tá um caldeirão doido.
Difícil, já que pouquíssimas são as casas de show. Mas isso não impede as bandas de tocarem, a gente toca na rua, em teatro, em parque.Tá surgindo festivais maneiríssimos como o PicNik, Groselha, CoMa… fora o Porão que já tem décadas de existência. Isso é o maneiro de irmos contra a corrente, a gente busca um outro jeito de divulgar o som.
– Quais os próximos passos da banda?
Queremos sair pra tocar no Brasil. Tomara que ele consiga abrir muitas portas pra gente. Queremos tocar e divulgar cada vez mais o nosso som.