
Londrinas do The Franklys gravam novo disco e perguntam: “como pode alguém NÃO ser feminista?”
13 de outubro de 2015O quarteto The Franklys faz muito barulho na cena londrina com seu som que vai do surf ao garage rock, passando pelo rock alternativo e proto metal. Parece uma mistureba sonora que nunca daria certo, mas a versatilidade das garotas funciona muito bem, obrigado.
Formada pelas suecas Jennifer Ahlkvist (vocal e guitarra base) e Fanny Broberg (guitarra solo), a britânica Zoe Biggs no baixo e Nicole Pinto, dos Estados Unidos, na bateria, a banda está na estrada desde 2012 na estrada e já lançou dois EPs (“The Franklys”, (2013) e “Bad News EP”, (2014) e um single (“Puppet”, 2014) e estão trabalhando em seu primeiro disco completo, previsto para 2016. “São como o The Hives, mas com cabelo e maquiagens melhores”, definiu o XFM. “Se o rock’n’roll dos anos 50 conhecesse o punk dos 70’s e tivessem um filhote, seria The Franklys”, elogiou o The Grapevine Music.
Conversei com a guitarrista Fanny Broberg sobre a carreira da banda, seus lançamentos, feminismo e a origem de cada integrante:
– Como a banda começou?
Eu e a Jen nós conhecemos desde que éramos crianças e tocávamos juntas desde que nos mudamos da Suécia para Londres. Conhecemos Zoe e Nicole através de amigos em comum faz alguns anos, tudo meio que se conectou instantaneamente entre nós e estamos mandando ver desde então!
– Me contem um pouco mais sobre o material que vocês já lançaram.
Nosso primeiro lançamento foi nosso EP auto intitulado em 2012, com 5 músicas, depois disso uma música mais surf garage rock em vinil chamada “Puppet”, que gravamos em fita 7′, e finalmente o mais recente, “Bad News EP” que tem um som mais pesado meio Black Sabbath. Estaremos de volta ao estúdio em algumas semanas, fiquem ligados para o que está por vir…
– Quais são suas principais influências musicais?
As principais influências seriam Queens of the Stone Age, Arctic Monkeys, Led Zeppelin, Mando Diao e Blondie, mas nós ouvimos muitos artistas diferentes individualmente e um monte de gêneros, o que faz muito mais interessante escrever músicas juntas. Nós podemos ouvir de verdade nossa própria marca e som quando escrevemos nossas partes, o que acontece em parte porque somos bastante versáteis. Queremos poder escrever qualquer coisa que quisermos e não precisar ser rotuladas e fazer o que os outros esperam. Nossa música é rock’n’roll e vai do heavy rock até surf, indie, punk, pop. Nós somos comparadas frequentemente com bandas como The Hives e Siouxsie & The Banshees.
– A banda tem membros da Suécia, Londres e Estados Unidos. Como cada país de origem influi no som de vocês?
É ótimo. Como eu disse, é muito bacana que cada uma de nós possa contribuir com as músicas com nossas próprias preferências e influências.
https://www.youtube.com/watch?v=_5-mzOFpWoE
– Qual foi o melhor lugar onde vocês já tocaram?
Acabamos de voltar de nossa ‘Bad News Tour’, onde tocamos em um festival em um castelo na França, o que foi absolutamente incrível! Tocar para milhões de pessoas com um som e iluminação incríveis, bebendo a cerveja local, com uma ótima atmosfera e um povo muito acolhedor. E a comida, cara. Tudo foi foda pra caramba!
– Se vocês pudessem trabalhar com qualquer pessoa do mundo musical, quem seria?
Josh Homme, porque ele é um gênio musical e ele tem o ‘swag’.
– O machismo continua vivendo no mundo do rock and roll?
Está melhorando, mas ainda falta um longo caminho a percorrer.
– Vocês se consideram feministas? Como vocês combatem o machismo? Isso faz parte da composição de suas músicas?
Com certeza somos feministas. Como pode alguém NÃO ser feminista? Sinto que o feminismo ganhou má reputação e muitas pessoas na verdade não fazem ideia do que ele significa. Para mim é simplesmente ser a favor de direitos iguais entre os sexos – e agora, as mulheres não são iguais aos homens, isso é fato. Como mulheres tocando em uma indústria dominada por homens, queremos ter as mesmas oportunidades e respeito do que os músicos homens.
https://www.youtube.com/watch?v=Ijhm8l10eLs
– Quais são os próximos passos de The Franklys?
Estivemos muito ocupadas neste verão e tocamos tantas vezes que estamos diminuindo o ritmo pelo resto do ano e entrando no estúdio em algumas semanas para gravar mais algumas músicas. Nós ainda vamos fazer alguns shows pela Inglaterra e Alemanha, mas principalmente focar em escrever o disco! Muitas coisas animadoras acontecendo agora, fiquem de olhos abertos…
– Recomendem algumas bandas (especialmente se forem independentes!) que chamaram sua atenção ultimamente!
Tem um duo em Londres vindo da Austrália de heavy rock blues chamada The Graveltones, é a melhor banda do circuito londrino hoje em dia. Nós vamos fazer alguns shows com eles em algumas semanas e estamos muito ansiosas! Nós também gostamos muito da banda gritty rock Saint Agnes.