
Construindo OZU: conheça as 20 músicas que mais influenciaram o som da banda
30 de julho de 2019Quando uma banda se forma, as influências de cada um dos integrantes são inúmeras e variadíssimas. Essa mistura de músicas, artistas, discos e sons entra em um imenso caldeirão musical e traz algo totalmente novo e cheio de identidade. É nessa construção de identidade que a coluna Construindo vai focar: aqui, traremos 20 músicas que foram essenciais para que uma banda ou artista criasse seu som, falando um pouquinho sobre elas. Hoje temos o raio X musical da banda OZU. Não deixe de seguir o perfil do Crush em Hi-Fi no Spotify e ouvir a playlist desta semana, disponível no final do post!
DJ Krush – “Dig This Vibe”
Sem dúvida, o mestre. Vai estar em todos os discos e trabalhos da OZU. Esse disco soa sempre contemporâneo e foi feito em 94.
DJ Shadow – “Organ Donor”
Gosto do ar anos 90 do DJ Shadow. É um cara que, apesar de não trabalhar os grooves tão bem, ainda é bem criativo e inovador. Gosto como ele consegue manter uma unidade com momentos tão distintos nas suas composições.
Floex – “Petr Parler”
Floex é um dos compositores que eu mais admiro. Composições complexas, criativas e de extremo bom gosto no uso dos timbres. Nota-se que estudou muita música erudita.
A Tribe Called Quest – “Sucka Nigga”
Um clássico, uma aula de grooves.
Pretty Lights – “A Color Map of the Sun”
Adoro o sabor “ao vivo” que esse disco passa. É um disco inteiro de músicas tocadas ao vivo em estúdio, sem overdub. Alguns dos baixos tem distorção, o que é um recurso que precisa ser muito bem usado. Harmonias com pouco movimento, porém não repetitivas.
Sabotage – “País da Fome”
Nota-se a maturidade incrível dessa música com a harmonia entre a prosódia e o sample usado. Acho que é um som que foi a frente do seu tempo.
Portishead – “Pedestal”
Uma das linhas de baixo mais criativas que já ouvi. Adoro o uso do Ride da bateria sem perder o groove. Mudanças sutis sempre foram o motivo da minha paixão por Portishead.
Bonobo – “Noctuary”
Bonobo trabalha muito bem os timbres e as mudanças nas suas composições, uma espécie de “groove progressivo”.
Cinematic Orchestra – “Burn Out”
Existe uma linha tênue pra definir se Cinematic Orchestra é jazz ou não, e isso eu acho incrível, existem claramente elementos de jazz, mas desconstruídos e com outra “intenção”.
Akira Yamaoka – “Alone in Town”
O desenvolvimento quase que confuso das melodias dessa música chama-me muito a atenção. Existem muitas melodias que não se resolvem, mas se resolvem entre si.
John Scofield – “A Go Go”
Simples e direto. O baterista tem um estilo “behind the beat” que eu considero o maior de todos no estilo.
London Funk Allstars – “How To Be A Ninja In One Easy Lesson”
Um groove arrastado, diferente, criativo. Uma construção nada convencional e um sample inusitado.
Paiton – “Nocturne”
Um beatmaker russo que utiliza poucos recursos e sempre com bom gosto. Me inspirou demais a começar.
Submotion Orchestra – “Time Will Wait”
Um som pop, moderno, porém sem apelos. Uma banda extremamente profissional que sabe usar muito bem os muitos recursos tecnológicos e musicais.
Medeski, Martin and Wood – “Your Name Is Snake Anthony”
O mesmo baterista do John Scofield. A linha de baixo muda constantemente, mas sempre com a mesma intenção. Outra aula de como fazer um groove, dessa vez de uma perspectiva mais acadêmica.
Dizzy Gillespie – “Matrix”
As mudanças entre ride e ximbau nos diferentes instantes da música mostram como esse recurso é poderoso. O piano terminando as frases trazem um certo “humor”.
J Dilla – “Life”
Dilla é um compositor sensível e cerebral. Penso que a sua sensibilidade e a sua atenção aos detalhes o fizeram ser quem ele é.
Boards of Canada – “Everything You Do Is a Balloon”
Uma banda com uma forte ligação ao cinema, talvez seja uma das que eu mais admire em relação a desenvolvimento. Uma banda sem pressa, sem ansiedade.
Silent Poets – “Prisons”
Outro compositor sensível e cerebral. O sample de bateria foi usado por todos os DJs da Kemuri productions, mas em contraste foi composta toda uma sessão de cordas apenas pra essa música. A construção é linda e bem e as rappers mulheres são de igual sensibilidade e talento.
Anna Ternheim – “You Mean Nothing To Me”
Simples, doce.
Ouça a playlist das influências do OZU aqui: