
Luggo abre o coração no barulhento EP “My Soul” e busca membros para seus próximos trabalhos
23 de setembro de 2019Foi bem legal! Aprendi muito com a Carox e com o Fe. Era só eu quando cheguei no estúdio com as músicas e eles me acolheram, sabe? A gente conversou bastante sobre o que poderíamos fazer com as músicas, quais as referências que eu tinha e a partir disso eles meio que tomaram conta. Chamaram o Thiago Babalu pra fazer a batera, Rodrigo Marques para contribuir na guitarra na música “My Soul Is Mine” e o Éric Yoshino para ajudar na gravação, já que o Fernando também iria tocar guitarra e baixo. Inclusive, uma história engraçada da gravação: Quando chegou na hora de gravar aquele “improviso” da parte final de “My Soul Is Mine”, a Carox pegou uma coisa que eu tinha feito e deu aquela arrumada básica e me pediu pra repetir. Juro, não saía de jeito nenhum! Eu tava muito errando o tempo. Então ela entrou na cabine comigo e me disse que avisaria quando fosse a hora pra entrar com a nota. Eu falei que beleza, era só apertar meu braço e então… Quando ela apertou meu braço eu fiz a nota do susto, ela se assustou com minha nota meio grito e ficou igualzinho aquelas galinhas de plástico quando você aperta e faz aquele barulho, manja?! Não deu para não rir. Mas no fim deu certo e não ficou que nem o grito da galinha (Risos).
– O Lugo é um projeto solo ou realmente uma banda?
Começou como um projeto para eu me lançar no mercado, servir de cartão de visitas… Mas durante a gravação eu comecei a acreditar tanto nas músicas que eu decidi que seria uma boa levar isso como banda e conseguir uma galera que também acredite nessas músicas. Foi assim que de Laura Lugo, foi para Luggo. João, só para lembrar, virou LUGGO!
– Porque o nome mudou de Lugo para Luggo?
Esse foi o primeiro “perrengue”. Um amigo sugeriu que eu usasse meu sobrenome; Lugo. Quando eu fiz a pesquisa, apareceu tantos Lugos nas plataformas de streaming que eu pensei “ok, não terei problema, porque aparentemente esse nome meio que ta aí. Várias pessoas…”. Mas no fim um cara reivindicou o nome Lugo para ele e todo mundo do El Rocha e da Ditto acharam que fazia sentido a gente mudar para LUGGO e assim evitar qualquer tipo de desgaste ou dor de cabeça no futuro. Aproveitar que estamos no começo e para gente é mais fácil, não tem muita perda, entende? A única dor de cabeça mesmo é a burocracia para mudar em todos os lugares. Então a minha dica para quem está iniciando como eu é: busque um nome que não apareça em nenhum lugar. Poxa, eu gosto do meu nome! (Risos) Mas Luggo ficou bem bom também! Tô feliz com a mudança.
– Me conta um pouco mais cada música deste primeiro trabalho.
A “Pound Of Salt” fala sobre a gente fingir ser o que não é para tentarmos ser aceitos, em acharmos que não somos suficientes ou bons o bastante… E de fato as pessoas nos julgam, mas faz parte, infelizmente. Mas é isso… A gente cresce, amadurece e somos fortes para tomarmos nossas próprias decisões e trilhar nossos caminhos. Acho que essa é principal mensagem. A “These Days” fala sobre existirem dias ruins. Eu estava passando por um momento de crises de ansiedade e a ideia da música é mostrar que dias ruins existem e sempre vão voltar a te assombrar, mas a gente precisa lutar para superá-los e saber que a gente sempre vai sorrir no final, porque é isso… Dias bons e ruins fazem parte de nós. Já a “My Soul is Mine” fala sobre relacionamentos (amorosos ou não) ruins, ou seja, abusivos de alguma maneira. Acho que mais de 99% da população já sofreu com algum relacionamento abusivo. Então, por ser mulher e conhecer muitos casos de abuso, acabou surgindo essa letra que conta a história de uma mulher que “acorda” dessa situação e resolve sair disso. Eu realmente espero que muitas pessoas, especialmente as mulheres que passam por isso, se identifiquem com essa música e encontrem a foça de que precisam para sair dessa. Eu estou aqui, aberta para ouvir e compartilhar, caso precisem.
– Como você definiria o som da Lugo?
Algo em transformação. Eu gosto muito de guitarras pesadas, uma bateria presente e uma melodia mais melódica e chiclete. Isso seria a hard rock? Não sei dizer, mas o que posso dizer é que a ideia da Luggo é estar em constante transformação, descobrindo sonoridades e tal. Além do que, eu acho que a música depende da vibe pela qual estivermos passando. Nesse EP, minha vibe era essa, um hard rock com influências do metal… quem sabe o que vira depois, né?
– Quais são suas principais influências musicais?
Eu realmente escuto MUITA coisa diversa. Para a banda, selecionei alguns principais artistas que eu estou ouvindo muito no momento: Linkin Park, Flyleaf, Halestorm, Circa Survive, Paramore e Avenged Sevenfold.
– Você está à procura de membros para a banda ou já tem alguém em mente?
Estamos quase 100%. Vamos começar a ensaiar de verdade e a ideia é apresentar a banda completa assim que estivermos fechados e certos dos próximos passos!
– Então já estão trabalhando em novas músicas?
Sim! Escrevi e criei algumas melodias novas já. Queremos começar a fazer shows, mas pra isso entendemos que precisamos de mais músicas autorais e estamos correndo com isso!
– Quais os próximos passos da banda?
Primeiro fechar a banda e começar os ensaios, depois trabalhar nessas novas músicas e em outras para podermos marcar nosso show de lançamento!
– Recomende bandas e artistas independentes que chamaram sua atenção nos últimos tempos!
Vou dar o nome e fazer um comentário, tipo aquele jogo “diga o que vem a sua mente quando…”
The Monic: Essas minas são especiais! Que som, que vozes, que talento!
Violet Soda: Profissionais, música boa e muito criativos!
Miami Tiger: Total pra frentex. Um som maduro, mas que se inova!
Hurry Up: Uma visão diferenciada da vida e das coisas, as letras são ótimas!
Bad Canadians: Um som bem único ao meu ver.
Sapataria: Representatividade impera!
Cosmogonia: Histórias reais.
Ouça: